terça-feira, 27 de outubro de 2009

FÊNIX


A fênix, segundo o que relataram Heródoto ou Plutarco, é um pássaro da mitologia greco-egípcia. Acreditava-se que quando morria, a ave entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas.

De um esplendor sem igual, teria penas brilhantes e douradas, dotada de extraordinária longevidade e força, quando se aproxima a hora de sua morte, constrói um ninho de vergônteas perfumadas onde, no seu próprio calor, se queima. Esteve ligada aos rituais de adoração do Sol, pois a ave representaria o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.

Durante toda a Idade Média foi o símbolo da ressurreição de Cristo e, às vezes, da Natureza Divina. (Chevalier e Gheerbrant, 1998) É atualmente utilizada como simbologia para a capacidade que certas pessoas possuem em se reconstruir após momentos de crise.

ESTRESSE e RESILIÊNCIA

De acordo com a pesquisa realizada pela ISMA-BR, 70% dos brasileiros sofrem as conseqüências do stress (ou estresse). Destes, 30% são vítimas da Síndrome de Burnout, um termo que descreve o estado de exaustão prolongada e diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo “burnout” descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida.

Estudos também mostram que algumas pessoas passam pelo mesmo processo de pressão e adversidade no ambiente de trabalho, mas não entram no estado de estresse ou ‘burnout’, suportando a pressão mantendo-se equilibradas, isto é, sem quebras emocionais. Estas pessoas são chamadas de resilientes, pois possuem atitudes diferenciadas em relação às adversidades no trabalho ou na vida pessoal.

Resiliência é uma palavra que vem latim RESILIO, que significa “voltar ao normal”. O conceito foi criado em 1807 pelo cientista inglês Thomas Young, que fazia estudos sobre a elasticidade dos materiais. Mais tarde, a resiliência foi incorporada pela física como a capacidade que certos materiais têm de acumular energia quando submetidos a um esforço e, cessado o esforço, retornar ao seu estado natural sem sofrer deformações permanentes. É o que acontece com uma vara no salto em altura: quando o atleta toma impulso para saltar, a vara se curva, acumula energia, projeta o atleta sobre o obstáculo e depois retorna ao seu estado normal.

Nas últimas décadas do século 20, o termo resiliência foi abraçado pela psicologia, para denominar a capacidade que certas pessoas têm de sofrer fortes pressões ou situações de grande estresse e não quebrar emocionalmente. Na verdade estas pessoas se fortalecem neste processo, “acumulando energia” para assim como a vara do salto em altura, projetar-se para resolver as adversidades que estão passando.

O iatista Lars Grael é um exemplo de uma pessoa resiliente. No auge da sua carreira repleta de conquistas, teve sua perna decepada pela hélice de um barco, em um trágico acidente em 1999. Anos depois voltou a competir e ganhar medalhas. “O erro das pessoas, em geral é se voltar para trás”, disse Grael certa vez. “Se eu fosse comparar minha vida anterior com a que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta olharmos para trás. Temos que lidar com o aqui e agora. Poderia ter sido pior, e tenho a obrigação de me sentir no lucro”.

Ser resiliente é uma questão de atitude, isto é, entrar em ação para solução das pressões e adversidades cotidianas. A pessoa resiliente não permite entrar na sintonia do medo e da tristeza, sentimentos estes que paralisam a pessoa impossibilitando a retomada para a ação.

A pessoa resiliente primeiramente questiona o que deve ser feito para solucionar este problema, investigando várias opções, utilizando a sua flexibilidade e criatividade para sair do momento adverso. Concluído este processo ele entra em ação, pois agora ele tem a tal MOTIVAÇÃO, isto é, motivos para entrar em ação e fazer o que tiver que ser feito para minimizar ou até mesmo sair da adversidade. (Ricardo Piovan )

Não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos fatores de maior importância é o apoio e o acolhimento, feito em geral por um outro individuo, e essencial para o salto qualitativo que se dá. Alguns autores nomearam essas pessoas: Flash chamou-o ‘mentor de resiliência’; Cyrulnik chamou-o ‘tutor de resiliência’; muito antes Bolwby chamou-o ‘figura de apego’. Denominações a parte, a resiliência ganha hoje seu espaço na pesquisa em ciências humanas, médicas, sociais, administrativas etc.

Mas não se forma um mentor/tutor/figura de apego. Não se pode dizer que alguém vai ser a partir de agora esse individuo que vai chegar para operar o milagre. A resiliência é, na verdade, o resultado de intervenções de apoio, de otimismo, de dedicação e amor, idéias e conceitos que entram sorrateiramente nas ciências como causa e efeito, intervenção e resultado, hipótese e tese de que as relações intra e inter-humanas são relações que ultrapassam o rigor do empirismo para encontrar o acaso.(Prof.Dra. Sandra Maia Farias Vasconcelos)

COMO DESENVOLVER E/OU AUMENTAR A RESILIÊNCIA

O Dr. Alberto D’Auria fornece as seguintes orientações:

  • mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade;
  • aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação;
  • praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição;
  • procurar manter o lar em harmonia, pois isto representa “o ponto de apoio para recuperar-se”;
  • aproveitar parte do tempo para ampliar conhecimentos, pois isto aumenta a autoconfiança;
  • assumir riscos (ter coragem), pois não adianta brigar com os problemas mas enfrenta-los para não ser destruído por eles;
  • tornar-se um(a) “sobrevivente” repleto(a) de recursos no mercado de trabalho;
  • usar a criatividade e a imaginação para quebrar a rotina e mudar seus hábitos para resolver situações imprevistas, adversas e delicadas;
  • transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom e melhor;
  • apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas);
  • separar bem quem você é e o que você faz;
  • permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer para, em seguida, retornar ao seu estado original.

VANTAGENS

O desenvolvimento da resiliência pode proporcionar ao ser humano as seguintes vantagens:

  • permitir nossa reciclagem pessoal através da renovação de nossas energias e da reintegração ou ajustamento à uma nova realidade;
  • fornecer a oportunidade de curar velhas feridas;
  • descobrir novas formas de lidar com a vida e de nos organizarmos de modo mais eficaz;
  • melhor preparação para lidarmos com pressões;
  • fornecer meios de reduzir pressões desnecessárias, reconhecendo como são criadas e mantidas;
  • desenvolver a capacidade que cada um tem de se adequar e flexibilizar às situações sem perder seus objetivos.

A resiliência fortalece o desempenho mantendo as habilidades e competências necessárias para que o indivíduo continue seu aprendizado, seu desenvolvimento e ascenção de sua carreira profissional.

CARACTERÍSTICAS DA PESSOA RESILIENTE

Para Frederic Flach, as características da pessoa resiliente são:

  • capacidade de aprender;
  • auto-respeito;
  • criatividade na solução de problemas;
  • habilidade em recuperar a auto-estima quando diminuída ou temporariamente perdida;
  • independência de espírito: autonomia;
  • liberdade e interdependência;
  • habilidade de fazer e manter amigos;
  • disposição para sonhar;
  • bom senso de humor;
  • grande variedade de interesse.

Já, para Eduardo Camello, autor do livro “Supere – A arte de lidar com as adversidades” (Ed. Gente), são resilientes as pessoas que possuem uma combinação das seguintes qualidades:

  • são bastante confiantes: acreditam em si mesmos e naquilo que são capazes de fazer;
  • gostam e aceitam mudanças: encaram as situações de estresse e adversidades como desafios a serem sempre superados;
  • têm baixa ansiedade e alta extroversão: são abertos a novas experiências e formas de fazer as coisas.
  • Nunca desanimam: têm autoconhecimento e auto-estima positivos.
  • são emocionalmente inteligentes: conhecem suas emoções, conseguem automotivar-se, reconhecem emoções em outras pessoas e sabem manejar relacionamentos;
  • são altamente criativos: procuram constantemente por inovações. Não se conformam com a monotonia.

Comece a prestar mais atenção a você mesmo quando situações adversas, como um acontecimento do passado lhe trouxer lembranças amargas ou ser acometido por uma doença ou uma perda, ou... se você ficar “para baixo” ou deprimido. Este é o momento que a vida está lhe dando para saber, realmente, se você é resiliente ou não.(Dr. Luiz Roberto Fava).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CICATRIZAÇÃO

Diante de grandes destruições teciduais, que ultrapassam os limites da regeneração, ou perante a destruição de células perenes, a reposição tecidual é feita às custas da proliferação de células menos diferenciadas, como é o caso das pertencentes ao tecido conjuntivo. Dá-se início, então, ao processo de cicatrização.
extraído de http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral

Cicatriz originada após um abscesso em região de mandíbula. A destruição tecidual foi tão intensa que houve a substituição do tecido original por tecido fibroso.

"Reposição de tecido destruído por conjuntivo neoformado não especializado".

A cicatrização é a forma mais comum de cura dos tecidos inflamados. Nela se tem uma reposição tecidual, porém a anatomia e a função do local comprometido não são restituídas, uma vez que se forma a cicatriz, tecido conjuntivo fibroso mais primitivo que substitui o parênquima destruído.

Para que possa haver cicatrização completa, são necessárias eliminação do agente agressor, irrigação, nutrição e oxigenação. Esses fatores é que determinam o equilíbrio de eventos que compõem a cicatrização, eventos esses divididos didaticamente em três fases:



Macrófagos em um granuloma Essas células são as principais responsáveis pela fase de demolição que faz parte da cicatrização.

1. Fase de demolição: após 24h da ocorrência da lesão há predomínio de mononucleares, principalmente os macrófagos, no local. Estes promovem a digestão do tecido morto, do agente agressor e do coágulo - formado a partir do extravasamento de sangue no local -, elementos que levam ao desencadeamento das fases inflamatórias. Formações como fibrina, crosta composta de soro e hemáceas, impedem que o tecido se resseque, mantendo um ambiente favorável à reparação.


Vemos aqui um processo cicatricial em baço após uma inflamação crônica: PVB - polpa vermelha e branca (parênquima esplênico); ZT - zona de transição, em que se observa ainda a presença de tecido de granulação; ZO - zona de fibrose organizada, correspondendo a última fase da cicatrização (HE, 40X).

2. Fase de crescimento do tecido de granulação: proliferação de fibroblastos e de células endoteliais dos capilares vizinhos à zona agredida. Essas células formam pequenos brotos endoteliais que crescem e penetram na zona agredida, onde se canalizam, anastomosam-se a outros brotos, constituindo alças capilares. Este sistema vascular neoformado apresenta aumento de permeabilidade nas suas novas junções capilares, com grande saída de elementos sanguíneos, água, eletrólitos e proteínas. Fibroblastos acompanham o tecido endotelial, migrando para essa nova matriz tecidual e secretando fibras colágenas.


Tecido de granulação sobre a pele após queimadura. As setas apontam os "grânulos" avermelhados, representativos de brotos capilares recém-formados. Veja que a consistência desse tecido é gelatinosa e a superfície é úmida. Com o amadurecimento do tecido de granulação e o início da fibroplasia, esse tecido se desidrata e vira uma crosta, que se solta espontaneamente.

Clinicamente, observa-se , no local da lesão, grânulos avermelhados e brilhantes, os quais correspondem aos brotos vasculares, mergulhados em um material gelatinoso, translúcido e frouxo. Daí o nome "tecido de granulação. O tecido de granulação é, assim, constituído por brotos capilares em diferentes formas de organização, estroma essencialmente protéico, leucócitos e hemácias. Dele partem as repostas da terceira e última fase da cicatrização.

Lembre-se que o tecido de granulação é diferente do granuloma; o mesmo deve ser dito do tecido fibrinoso (que contém muita fibrina) e do tecido fibroso (que contêm grande quantidade de fibras colágenas).


Fibroplasia em baço com inflamação crônica. Veja a grande quantidade de fibras colágenas, dispostas em feixes tendendo a paralelos, e fibroblastos bem maduros, alongados, quase sem citoplasma e núcleo evidente. Não se observam também vasos sangüíneos. Este é um quadro histológico de fibroplasia já bem organizado (HE, 200X).

3. Fase de maturação ou fibroplasia: ocorre proliferação de fibroblastos e deposição de colágeno, que comprime os capilares neoformados, diminuindo a vascularização (desvascularização). A pressão contínua do colágeno e sua retração conduzem à contração da cicatriz fibrosa. Na pele, por exemplo, a regeneração do epitélio principia por volta do segundo e terceiro dias e, no conjuntivo, observa-se proliferação fibroblástica preenchendo o defeito do tecido. Ao final, tem-se, com a colagenização, uma cicatriz acelular relativamente clara, que pode atenuar ou mesmo desaparecer clinicamente.


Tecido de granulação em cicatrização de abscesso, uma inflamação supurativa. A seta aponta os pequenos grânulos observados nesse tecido.

O tecido de granulação é formado principalmente nas inflamações exsudativas, tanto supurativas quanto fibrinosas, nas inflamações crônicas em geral, em processos de trombose, quando há reorganização do trombo, em neoplasias e em ferimentos com grande perda tecidual. Nas extrações dentárias, por exemplo, a perfeita reparação do alvéolo dental depende fundamentalmente da permanência do tecido de granulação dentro do alvéolo, originado a partir da hemorragia provocada pela extração.


Múltiplos quelóides originados de hábito de mordedura das mãos (um tipo de hábito parafuncional). Veja que a cicatriz é volumosa e de superfície lisa. Esse tipo de fenômeno cicatricial é comum em negros.

As cicatrizes promovem contração do tecido adjacente pois as fibras colágenas, ao amadurecerem, diminuem de tamanho e perdem a elasticidade. Essa perda de elasticidade, por sua vez, faz com que a cicatriz seja pouco resistente ao estiramento. Em alguns, casos, por exemplo, a reparação pode se complicar. Essas complicações incluem infecções durante o processo reparativo (retardando este por se iniciar novamente uma inflamação aguda no local), alterações pigmentares (pode haver, por exemplo, depósito de hemossiderina) e dor (principalmente quando está envolvida a cicatrização de fibras nervosas). O quelóide, cicatriz tumoriformes comuns nos indivíduos de raça negra, também consiste uma complicação da reparação, em que forma um tecido liso e brilhante, com superfície elevada, devido ao fenômeno de hialinização de fibras colágenas.



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Assertividade


ASSERTIVIDADE - É a capacidade de expor de maneira clara – e sem máscaras – o que se pensa, sente ou quer.
MEDITAÇÃO - Uma prática que nos faz Estar centrados. Um estado de relaxamento e diálogo interno, que traz clareza, serenidade e lucidez.


Existem pessoas com uma natureza por demais flexível, e necessitam praticar a meditação para serem mais assertivas na razão (trabalhar o enraizamento e os pés no chão).
Existem pessoas com uma natureza por demais rígida e necessitam trabalhar a meditação para serem mais flexíveis e assertivas no coração (trabalhar a sensibilidade e o emocional).

Mas tenha você a natureza que tiver, a meditação e a assertividade são o caminho e a chegada.
Veja o texto abaixo extraído do Boletim informativo do Centro de Tratamento Bezerra de Menezes - jul-ago/2002 e saiba mais.

1. O QUE É ASSERTIVIDADE
É falar e agir com sinceridade, sem inibição, temor ou agressividade. É ser claro e afirmativo, sem deixar dúvidas sobre o que pensamos e sentimos, porém, sem agredir ou provocar incômodo demasiado na outra pessoa. Assim, assertividade é a arte de defender nosso espaço vital, nosso mundinho particular, sem recuar e sem agredir.
Nem sempre é fácil nos expressarmos dessa forma porque, desde pequenos, nos ensinaram que a passividade , a omissão e até mesmo a submissão, em alguns casos, seriam nossas aliadas para viver em paz e longe dos conflitos. Essa cultura é o maior obstáculo para que adotemos atitudes assertivas no nosso dia-a-dia. A assertividade é tida como a mais eficaz forma de defesa do nosso espaço vital.

2. 'NÃO': A PALAVRA MAIS PERIGOSA
O não representa a quebra de uma expectativa. Ninguém gosta de ouvir um não, porque 'não' é rejeição, e ninguém gosta de ser rejeitado. Nós não somos educados para aceitar a rejeição como uma circunstância normal da vida. Dizer não é sempre arriscado, embora, muitas e muitas vezes, seja necessário, imperioso, urgente, adequado e conveniente.
O grande segredo é aprender a dizer 'não' e aprender a ouvir 'não', porque a forma de dizer e a forma de ouvir podem fazer a diferença entre o prazer e o desencanto, entre a harmonia e o conflito.
O ser humano precisa aprender a conviver com o não como uma contingência natural do convívio e, a partir dessa regra, jogar o jogo da vida com as cartas de que dispõe.

3. PERFIL DE UMA PESSOA ASSERTIVA
1. Expressa seus sentimentos com espontaneidade e naturalidade.
2. Adota uma posição clara e transparente, sem disfarces ou máscaras.
3. Diz sim ou não como decorrência de análise imparcial e jamais tendenciosa.
4. Enfrenta o problema e não a pessoa; seu foco é o fato e não o agente do fato.
5. É firme, quando necessário.
6. Sabe ser flexível, sem abandonar seu espaço vital nem invadir o do outro.
7. Faz valer os seus direitos sem, contudo, negar os direitos dos outros, que considera tão importantes quanto os seus.

4. PRINCÍPIOS DA ASSERTIVIDADE
A postura assertiva fundamenta-se nos seguintes princípios:
1. Na qualidade da comunicação interpessoal.
2. Na aceitação das limitações do outro.
3. No respeito ao posicionamento do outro.
4. Na confiança entre as partes.
5. No reconhecimento das reais intenções do emissor e do receptor da mensagem.

5. A PESSOA NÃO ASSERTIVA
- Costuma dizer 'sim' quando gostaria de dizer 'não'.
- Teme ou receia desagradar as pessoas com quem tem contato, para evitar conflitos.
- Omite suas opiniões em discussões para não pôr seu espaço em risco.
- Só pensa na resposta depois que a oportunidade passou; a ficha cai tarde demais.
- Passa pela vida cheia de inibições, cedendo à vontade alheia e acaba guardando desejos e sonhos sem jamais tentar realizá-los.
- Se for agressiva, pode responder muito vigorosamente, com rispidez, causando forte impressão negativa e, mais tarde, pode arrepender-se de ter agido assim.
( texto publicado por Conceição Trucom)

Assim sendo, se para ser assertivo, diante de uma situação difícil, você começar a perceber que já está perdendo a linha.. vale a pena relaxar e meditar por algum tempo...
Se você não fizer isso voluntáriamente, e de maneira consciente, para encontrar o equilíbrio... o seu inconsciente tomará medidas de ajuste da homeostasia... e o seu corpo te forçará a parar para se afastar dessa situação, até que se encontre uma solução harmônica...

Pode-se adoecer por isso...

Assédio moral

Contorne as situações humilhantes na empresa de maneira construtiva

Por Isabella Guerreiro • 15/10/2009

Enfrentar uma situação de assédio moral no trabalho é cada vez mais comum. Para se ter uma ideia, o número de processos investigatórios instaurados pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro aumentou 588,2% nos últimos quatro anos. Some-se a isso a dificuldade de lidar com o problema: a vivência repetida e prolongada de circunstâncias humilhantes e vexatórias durante a jornada de trabalho, como exigência de missões impossíveis, delegação de tarefas inexpressivas, desqualificação do empregado, perseguição e desrespeito às atribuições estabelecidas por contrato.

Sair desses e outros constrangimentos é delicado, mas especialistas dão dicas de como tentar resolver a questão de cabeça erguida.

O que é assédio moral?

Assédio moral é a exposição de trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras pelo patrão ou chefe por repetidas e prolongadas vezes durante a jornada de trabalho. Não é um fato isolado, mas uma conduta que tem longa duração e é caracterizada por ser desumana e desprovida de ética, de uma maneira que desestabiliza o funcionário. "É uma relação de poder distorcida entre a hierarquia superior e os subordinados. Como quando há uma cobrança excessiva, inclusive exigindo a repetição da tarefa sem necessidade por várias vezes; pedidos frequentes para se chegar antes do horário e executar um serviço que não é adequado à função; além da desqualificação do trabalho do empregado com ofensas ou com atribuição de tarefas menores", aponta o psicólogo Lindomar Darós.

Estabelecer metas impossíveis de se realizar, cobrar por elas de maneira vexatória, atacar à vida pessoal, limitar idas ao banheiro e dificultar o acesso ao material de trabalho são outros exemplos comuns de assédio moral.

Ao denunciar, o tom não deve ser de crítica, vingança ou ameaça e, sim, de alguém que espera ver seu problema tratado com a devida atenção

A conduta ilícita acaba se transformando em perseguição e violência psicológica. A vítima do assédio costuma ser isolada do grupo sem mais explicações e passa a ser hostilizada, ridicularizada e desacreditada diante da equipe. "O objetivo desse tipo de chefe é que o funcionário troque de departamento ou se sinta forçado a desistir do emprego. O assédio é muito praticado na esfera pública, onde o empregado não pode ser demitido sem solenidade", diz o procurador Wilson Prudente.

Procure aliados


O psicólogo e psicoterapeuta Lindomar Darós aconselha que, se possível, o empregado procure o chefe ou um funcionário de cargo intermediário com quem possa conversar. "É importante mapear as pessoas em quem se confie e tentar esclarecer, da melhor maneira, como as coisas devem ser, quais são suas funções, qual é o seu horário e o que não é o seu trabalho. Estabelecer território." Mas como fazer isso sem piorar a situação e acabar provocando ainda mais um clima de perseguição dentro da empresa?

"O tom não deve ser de crítica, vingança ou ameaça e, sim, de alguém que espera ver seu problema tratado com a devida atenção", explica a consultora de comportamento profissional do Etiqueta Empresarial, Maria Aparecida Araújo. Ela recomenda que o funcionário junte documentos que provem o assédio moral e leve os papéis para a conversa. "Inicialmente, é necessário que o funcionário traga elementos concretos e não afirmações fortuitas. Recomendo que ele colha o máximo de elementos para basear a sua acusação. Isso pode ser feito através de e-mails trocados com a pessoa que o estiver assediando, gravação de conversas e filmagem oculta. Com os documentos em mãos, a conversa por si só tomará um aspecto mais sério, evitando a necessidade de sair do tom e qualquer tipo de exaltação".

Maria Aparecida acredita que o ideal é procurar alguém do setor de Recursos Humanos para expor o assunto. "Informe o fato, solicitando providências. Nessa oportunidade, o empregado deverá estipular um prazo para voltar a procurar essa pessoa, a fim de obter um relato das medidas tomadas e soluções efetivas para a eliminação do problema".

Problema de equipe

Quando o assédio moral não é com você, mas com um colega, é possível ajudá-lo sem se comprometer. Para Darós, o empregado pode estimular a equipe a pensar sobre as condições de trabalho e criar um espaço para o debate. "Os funcionários podem fazer reuniões frequentes para discutir as questões, ter clareza da hierarquia, perguntar se todos estão satisfeitos e enfrentar juntos o desrespeito. Em grupo, o problema é abordado e deixa de ser visto como mexerico".

Maria Aparecida lembra que um empregado também pode auxiliar o outro sendo testemunha. "O funcionário pode conversar com o colega que está sendo vítima do assédio, perguntar se ele precisa de ajuda e se oferecer para estar presente, sempre que possível, durante as conversas entre o assediado e o assediador, servindo como uma testemunha. De certa maneira, isso inibe ainda ações mais agressivas e desagradáveis por parte do chefe".

Se nada adiantar para acabar com o assédio moral e evitar ser alvo de condutas que violam sua dignidade, é hora de partir para a denúncia e exigir na Justiça o ressarcimento por danos morais

Já o líder acusado de assédio moral deve abrir um espaço para ouvir os funcionários se quiser reconquistar sua equipe, orienta Darós. "Se o assunto for colocado em debate, será mais difícil ter uma relação de poder tão distorcida. Quando a gente cria a possibilidade do diálogo, é possível ouvir a queixa e se retratar".

Maria Aparecida recomenda que o chefe faça cursos especializados a fim de contornar a situação. "Matricule-se rapidamente em aulas de etiqueta empresarial e de liderança, submeta-se a sessões de coaching em relações humanas e procure, a cada dia, deixar bem clara a mudança de atitude para todos os colaboradores".

Fim da linha

Se nada disso adiantar, para acabar com o assédio moral e evitar ser alvo de condutas que violam sua dignidade, é hora de partir para a denúncia e exigir na Justiça o ressarcimento por danos morais. "O assédio moral é uma conduta ilícita, uma infração trabalhista do empregador. Muitas pessoas sofriam e não sabiam que eram vítimas. É uma situação difícil de provar e, nos casos mais graves, o funcionário termina em um consultório psiquiátrico. O objetivo desses chefes é ver o trabalhador pelas costas", comenta o procurador Wilson Prudente. Ele orienta que, nesse caso, o empregado junte todas as provas e procure um advogado, a Defensoria Pública ou o Ministério Público do Trabalho.

Denúncias podem ser feitas ao Ministério Público do Trabalho da sua cidade.

http://www.pgt.mpt.gov.br/component/option,com_denuncia/It


domingo, 18 de outubro de 2009

HOMEOSTASIA - O PRINCÍPIO DA CONSTÂNCIA

Como todo organismo vivo, o ser humano tem uma forte propensão a manter constante seus órgãos e sistemas: é o principio de constância, ou princípio de homeostasia.

De modo similar, as condutas e os mecanismos psíquicos buscam o equilíbrio, no sentido de evitar ou reduzir toda tensão nova. Caso a tensão psíquica não possa ser evitada, serão preferencialmente pesquisados os fatores causadores de tensão. Ainda que para distinguir se esses fatores são perigosos para sua sobrevida ou, ao contrário, fonte de uma satisfação maior.

A este mecanismo dá-se o nome de “principio de realidade”.

Desde crianças aprendemos que o aumento da tensão, por si só, pode ser fonte de prazer, permitindo a antecipação da descarga posterior, como quando brincamos na montanha russa. Na vida adulta, vamos felizes ao cinema assistir a um filme cheio de tensão e aventura, mas com final feliz...

A REPETIÇÃO

Ao lado desse principio de constância-prazer, no entanto, uma outra constante do funcionamento humano pode intervir: é a compulsão de repetição.

Não se trata da simples tendência em repetir os hábitos adquiridos pela aprendizagem, mas da opressão interna que impele os seres humanos a repetir indefinidamente as mesmas situações traumáticas que os fazem sofrer, mas que eles não podem ser impedidos a provocar de novo.

Freud pode descrever, assim, "essas neuroses de destino" que parecem marcadas por uma fatalidade trágica que às vezes se repete em varias gerações e ainda são reforçadas pelas reações do meio social... É certo que tudo o que foi fonte de traumatismo, no sentido psíquico do termo, deixa traços em nós que tem tendência a ressurgir de maneira repetitiva.

Os traumatismos psíquicos e emocionais, são como tarefas inacabadas, representam tantas "feridas" abertas e dolorosas que o paciente tenta fechá-las repetindo-as, na esperança mais ou menos mágica de anular o fracasso precedente, (como se pudesse controlar o resultado...) repetindo ativamente o que sofreu passivamente. Infelizmente, é geralmente um novo fracasso que ele repete, crescendo na mesma proporção a compulsão de repetição.

A única medida eficaz contra a repetição e a rememoração dos traumatismos, associada ao trabalho de compreensão é a elaboração psíquica.

É preciso QUERER mudar, e romper o ciclo requer trabalho interior e ação.

ELABORAÇÃO: A CAPACIDADE DE ESPERA E A SIMBOLIZAÇÃO

Esperar e Simbolizar são capacidades adquiridas progressivamente e inteiramente dependentes da organização afetiva do ser humano, assim como dependem da qualidade de suas relações.

Nós nos tornamos capazes de estabelecer elos entre os símbolos, seguindo não mais a inclinação de sua afetividade ou compulsões, mas utilizando as leis da linguagem e da lógica, chegando ao pensamento abstrato. Conversar e expor as idéias ajuda muito, portanto, para evitar erros repetidos.

Só assim conseguiremos:

- Deixar ao pensamento o tempo de se desenvolver (caso a carga emocional não for excessivamente importante), e ser capazes de não satisfazer os desejos de maneira imediata.

- Ser capazes de esperar, de suportar a ausência e a solidão, qualidades que são indispensáveis para instaurar uma relação suficientemente segura com o meio ambiente.

RISCO CALCULADO

A tarefa do aparelho psíquico em encontrar os meios de manter a homeostasia se realiza em duas vias:

Ação ou Imaginação. Somente com a maturidade emocional conseguimos conquistar o equilíbrio, e fazer com que nossa vida funcione.

Em todo novo evento em nossa vida há um certo grau de risco.

Porém podemos calcular e decidir se vale ou não a pena o risco...

O que não vale mesmo a pena é nos mantermos em constante defesa, o que causaria total isolamento.

Melhor viver, e continuar construindo, do que não arriscar.

Afinal, como prega a Fisiologia, dispomos de muitos mecanismos internos para nos manter em equilíbrio, mesmo após arriscadas experiências !!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Reduzir o café... será que só isso adianta?


Insônia

A insônia se caracteriza pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final.
O tempo necessário para um sono reparador varia de uma pessoa para outra. A maioria, porém, precisa dormir de sete a oito horas para acordar bem disposta. Pesquisas recentes sugerem que aqueles que consideram suficientes quatro ou cinco horas de sono por noite, na realidade, necessitariam dormir mais. Aparentemente, pessoas mais velhas dormem menos. Entretanto, o tempo que passam dormindo pode ser exatamente o mesmo da mocidade, dividido em períodos mais curtos e de sono mais superficial.
Localizar as causas da insônia pode ser facilitado pela poli-sonografia, um exame que monitora o paciente enquanto dorme.
Insônia pode ser tratada com medicamentos que devem ser prescritos pelo médico. Não se automedique.

Causas
A insônia pode ter causas orgânicas e psíquicas. Pesquisas apontam a produção inadequada de serotonina pelo organismo e o estresse provocado pelo desgaste quotidiano ou por situações-limite como causas mais importantes.

Recomendações
Algumas mudanças simples no estilo de vida podem ajudar a combater a insônia, mesmo quando ela for crônica:

·Limite o consumo de cafeína presente no café, chás, colas, chocolates, etc. Até a cafeína usada como ingrediente de alguns alimentos pode prejudicar o sono das pessoas mais sensíveis;

·Converse com seu médico sobre os remédios que esteja usando. Certos medicamentos descongestionantes podem ser tão estimulantes quanto a cafeína;

·Exercite-se regularmente, mas não perto da hora de dormir. Atividade física regular é essencial para quem sofre de ansiedade e ajuda a dormir melhor. No entanto, a prática de exercícios vigorosos à noite pode atrapalhar o sono;

·Estabeleça uma rotina para seu horário de dormir e de despertar. O relógio biológico responde melhor se habituado a horários regulares. Mesmo nos finais de semana, tente manter o esquema estabelecido para os dias úteis;

·Procure relaxar antes de ir para cama. Ouça música, leia um pouco, converse, assista a um filme. Lembre-se de que, depois de uma noite de sono reparador, as soluções para os problemas podem fluir melhor. Se nada disso resolver, vale a pena buscar ajuda profissional;

·Use técnicas de relaxamento. Progressivamente contraia e relaxe todos os músculos do corpo, começando pelos dedos dos pés e terminando na face. Massageie suavemente o couro cabeludo. Tente visualizar uma cena ou paisagem que lhe traga satisfação;

·Tome um banho morno. Deixe a água escorrer pelo corpo durante algum tempo, pois isso ajuda a relaxar os músculos tensos;

·Tome um copo de leite morno. O leite contém o aminoácido triptofano, que relaxa os músculos e induz o sono;

·Experimente ingerir chás à base de ervas como camomila, erva-doce, erva-cidreira, etc. Eles têm sido usados há séculos por pessoas que garantem sua ação relaxante;

·Certifique-se de que não há claridade no quarto e a temperatura é agradável. Mesmo pouca luz pode atrapalhar o sono de algumas pessoas.

·Use protetores nos ouvidos, se o barulho incomoda e não há como eliminá-lo;

·Escolha o colchão adequado para seu peso e altura. Colchões muito macios ou muito duros são contra-indicados;

·Reserve a cama somente para dormir e para relações íntimas. Evite ler, ver TV, trabalhar e conversar no quarto;

·Relações sexuais são relaxantes. Após o orgasmo, as pessoas tendem a ficar sonolentas;

·Levante-se, se não conseguiu dormir depois de trinta minutos deitado. Ficar na cama acordado pode aumentar a ansiedade, a irritação e, conseqüentemente, a insônia. Procure distrair-se com alguma atividade tranqüila e depois, mais cansado, volte para a cama e tente dormir. Repita o esquema, se necessário. Usando essa técnica, muitas pessoas conseguem reverter o processo.

Advertência
Insônia crônica requer avaliação profissional. É indispensável descobrir o que está causando essa dificuldade para dormir, pois a ausência do sono reparador pode prejudicar a saúde física e mental dos indivíduos. Por isso, não é à toa que torturadores impedem que o acusado durma quando querem arrancar deles uma confissão.

Extraído site oficial do Dr Drauzio Varella
http://www.drauziovarella.com.br


sábado, 10 de outubro de 2009

CIÊNCIA - Sem perder o mistério e a beleza..

Um texto, extraído do livro: Enquanto o Sonho Não Nasce , e publicado no blog palavraplena.com.br

Para pensar..... muito :

"Uma característica do homem moderno é a incapacidade de se espantar com a vida. O grande pensador grego, Sócrates, costumava dizer que a filosofia nasce do espanto. Ninguém é filósofo se não for capaz de tomar sustos e se surpreender com o que vê. Para nós, homens e mulheres pós-modernos, após a revolução científica ter desvendado alguns dos segredos da natureza, parece que o que nos cerca perdeu o encanto e o caráter sobrenatural. Tudo se tornou natural para nós. Sentimos como se tivéssemos avançado de uma era mitológica, para uma filosófica e agora alcançamos a idade adulta onde só cremos no que os nossos sentidos captam. Sendo assim, damos tudo como líquido e certo. As coisas são do jeito que são devido a leis que operam de modo inexorável. Por isso, temos como natural o planeta dar voltas em torno do sol, a mudança das estações, a temperatura da Terra, o funcionamento do corpo humano, entre tantos arranjos mais que levavam pensadores do passado a verem com assombro a presença de 'desígnio na natureza', o que implicava na existência de um ser pessoal por trás de tamanha complexidade. Como foi levado a dizer o reformador francês João Calvino:

Ademais, por isso que no conhecimento de Deus está posto o fim último da vida bem-aventurada, para que a ninguém cerrado fosse o acesso à felicidade, não só implantou (Deus) na mente humana essa semente de religião..., mas ainda de tal modo se há revelado em toda a obra da criação do mundo, e cada dia meridianamente Se manifesta... que não podem (eles) abrir os olhos sem serem forçados a contemplá-Lo... quantas vezes volvemos os olhos para onde quer que seja, a glória se lhe estadeia... para todo e qualquer rumo a que dirijas os olhos, nenhum recanto há no mundo, por mínimo (que o seja), em que se não vejam a brilhar ao menos algumas centelhas da Sua glória. Nem podes, realmente, de um só relance contemplar quão latamente se estende esta amplíssima e formosíssima engrenagem, que não sejas de toda parte esmagado todo pela intensidade imensa de (seu) fulgor".

Perfeição da natureza, milagre, engenhosidade evolutiva... ? Que tal ?


domingo, 4 de outubro de 2009

Site para estudar ECG


http://fmtitampa.com/ecg_pics.html