HOMEOSTASIA - O PRINCÍPIO DA CONSTÂNCIA
A REPETIÇÃO
Ao lado desse principio de constância-prazer, no entanto, uma outra constante do funcionamento humano pode intervir: é a compulsão de repetição.
Não se trata da simples tendência em repetir os hábitos adquiridos pela aprendizagem, mas da opressão interna que impele os seres humanos a repetir indefinidamente as mesmas situações traumáticas que os fazem sofrer, mas que eles não podem ser impedidos a provocar de novo.
Freud pode descrever, assim, "essas neuroses de destino" que parecem marcadas por uma fatalidade trágica que às vezes se repete em varias gerações e ainda são reforçadas pelas reações do meio social... É certo que tudo o que foi fonte de traumatismo, no sentido psíquico do termo, deixa traços em nós que tem tendência a ressurgir de maneira repetitiva.
Os traumatismos psíquicos e emocionais, são como tarefas inacabadas, representam tantas "feridas" abertas e dolorosas que o paciente tenta fechá-las repetindo-as, na esperança mais ou menos mágica de anular o fracasso precedente, (como se pudesse controlar o resultado...) repetindo ativamente o que sofreu passivamente. Infelizmente, é geralmente um novo fracasso que ele repete, crescendo na mesma proporção a compulsão de repetição.
A única medida eficaz contra a repetição e a rememoração dos traumatismos, associada ao trabalho de compreensão é a elaboração psíquica.
É preciso QUERER mudar, e romper o ciclo requer trabalho interior e ação.
ELABORAÇÃO: A CAPACIDADE DE ESPERA E A SIMBOLIZAÇÃO
Só assim conseguiremos:
- Deixar ao pensamento o tempo de se desenvolver (caso a carga emocional não for excessivamente importante), e ser capazes de não satisfazer os desejos de maneira imediata.
- Ser capazes de esperar, de suportar a ausência e a solidão, qualidades que são indispensáveis para instaurar uma relação suficientemente segura com o meio ambiente.
RISCO CALCULADO
Ação ou Imaginação. Somente com a maturidade emocional conseguimos conquistar o equilíbrio, e fazer com que nossa vida funcione.
Em todo novo evento em nossa vida há um certo grau de risco.
Porém podemos calcular e decidir se vale ou não a pena o risco...
O que não vale mesmo a pena é nos mantermos em constante defesa, o que causaria total isolamento.
Melhor viver, e continuar construindo, do que não arriscar.
Afinal, como prega a Fisiologia, dispomos de muitos mecanismos internos para nos manter em equilíbrio, mesmo após arriscadas experiências !!
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