O Sistema Nervoso Vegetativo ou autonômico (SNA) participa da modulação funcional de vários sistemas do organismo. O conjunto de manifestações clínicas que acompanham as suas disfunções, que recebem o nome de DISAUTONOMIAS, com uma gama muito ampla de sinais e sintomas.
- Perda da resposta reflexa de ajuste da FC
- Vasculopatias: Perda de ajuste de tônus vascular (causando dificuldade de cicatrização, lesão da retina/cegueira...)
- Hipotensão ortostática
- Taquicardia de repouso
- Hipertensão supina
- Angina pectoris
- Infarto do miocárdio sem dor
- Parada cardiorrespiratória
- Alterações na motilidade do tubo gastro-intestinal (esofagite de refluxo, plenitude gástrica, diarréia noturna alternada com constipação)
- Anormalidades da sudorese (anidrose de membros inferiores com hiper-hidrose compensatória em tronco superior e face)
- Bexiga neurogênica,
- Impotência sexual
- Alterações da regulação do diâmetro pupilar.
Na neuropatia autonômica, existe redução da secreção das catecolaminas, desregulação do nível de glicose sangüínea, com episódios de hipoglicemia súbita
A morte súbita no curso de determinadas doenças como diabetes mellitus, síndrome de imunodeficiência adquirida, doença de Chagas e o infarto do miocárdio, tem sido freqüentemente associada a disfunção autonômica. Chama atenção para a grande incidência de parada respiratória neste grupo de pacientes.
- Vasculopatias das grandes artérias: A tendência a aterosclerose é bem conhecida nos diabéticos, que apresentam manifestações em torno de
- Vasculopatias das arteríolas e pré-capilares: Ultimamente, tem-se observado um grupo de diabéticos com manifestações de cardiopatia isquêmica e que ao exame coronariográfico apresenta coronária limpas, porém com comprometimentos dos pequenos vasos coronários intramurais. Tendo os diabéticos elevado risco de coronariopatia, devemos dar ênfase especial a detecção de isquemia miocárdica latente, com controle dos outros fatores de risco como hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, estresse e uso de medicamentos aterogênicos (terapia de reposição hormonal e corticosteróides).
- Lesão do nervo vago – A lesão do nervo vago pelo diabetes ocasiona um descontrole da freqüência cardíaca, com aumento na condição de repouso e resposta inadequada aos estímulos, a chamada freqüência cardíaca fixa.
Os testes comumente empregados são:
a) Teste de Arritmia Sinusal Respiratória : Avaliação da Freqüência cardíaca momento-a-momento e a média da diferença entre as freqüências cardíacas máxima e mínima obtidas durante a inspiração e a expiração, com o paciente respirando na freqüência de 6 ciclos/minuto (0.1 Hz) o paciente respirando na freqüência de 6 ciclos por minuto (01. Hz) - considerando-se anormal quando a diferença <>
b) Manobra de Valsalva – Paciente em posição supina é instruído a soprar através de bocal conectado a manômetro aneróide durante 15 seg. após a inspiração profunda mantendo pressão de 40 mmHg, sendo obtida a taxa de Valsalva que e a relação entre o maior intervalo RR (após a manobra) e o menor intervalo RR (durante a manobra), sendo considerado anormal quando a diferença <>
c) Teste de exercício isométrico (”handgrip”) – manter 30% da contração máxima desenvolvida (avaliado por dinamômetro), durante 5 minutos, sendo considerado normal aumento reflexo da FC e da pressão diastólica de > 16 mmHg durante o esforço, acompanhado de bradicardia reflexa (após cessar o esforço); e resposta anormal quando a elevação da pressão diastólica não for sequer de 10 mmHg e não se observar alterações na freqüência cardíaca.
d) Teste ortostático ou posicional (Tilt head-up, Teste Postural Passivo) ; Pode-se usar protocolo de
Provas Farmacológicas só são realizadas na presença de profissional Médico especializado:
a) Teste de propranolol (bloqueio simpático) – aplica-se de 0.2 mg/kg por via venosa até o máximo de 10 mg, estando o paciente em posição supina e monitorizado pelo ECG, obtendo-se traçados de 10 seg. no 1′, 5′ e 10′ minuto após a aplicação. Considera-se como resposta normal queda mínima de 12 bpm de freqüência cardíaca inicial.
b) Teste da atropina (bloqueio parassimpático)– realiza-se após pelo menos 1 dia do teste do propranolol, aplicando-se 0.04 mg/kg de sulfato de atropina por via venosa, em paciente em posição supina e monitorização do ECG, obtêm-se traçados de 10 s no 1′, 5′ e 10′ minutos após a injeção. Considera-se normal um aumento de 25% da freqüência cardíaca inicial.
Rosa-e-Silva, Lucilene ; OLIVEIRA, Ricardo Brant de ; SOUZA-E-SILVA, C. ; TRONCON, Luiz Ernesto de Almeida ; FOSS, M. C. ; GALLO JR, L. . Avaliação da função autonômica cardiovascular em pacientes com pancreatite crônica.. 1993. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
Rosa-e-Silva, Lucilene ; OLIVEIRA, Ricardo Brant de ; TRONCON, Luiz Ernesto de Almeida ; FOSS, M. C. ; SOUZA-E-SILVA, C. ; GALLO JR, L. . Neuropatia autonômica na pancreatite crônica relacionada ao alcoolismo com ou sem diabetes mellitus.. 2000. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
Achei a matéria incrível! Eu tenho um problema de saúde, ainda não diagnosticado adequadamente, mas a respeito desta doença, enquadra muito em meus sintomas. Mostrarei ao meu médico. Caso saiba mais sobre essa doença, poderia fazer mais postagens? Muito obrigada
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