segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Pérolas do Enem - E olhe... Eu não estou rindo....
domingo, 20 de dezembro de 2009
Platão e o Mito da Caverna - Pior cego é aquele que " não quer ver " ou o que "não consegue ver" ?
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabaça nem para trás nem para os lados.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
ANOREXIA - Qual a melhor abordagem??
O que cada um de nós pode fazer para evitar esta auto destruição????
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Sexo seguro Com ou Sem Ejaculação - DST - AIDS - HPV - Hepatite - Herpes - Sífilis - Gonorreia - Cancro - Condiloma "Levantou? Proteja!!!"
Ou praticar o sexo é um dos maiores prazeres reservados ao ser humano...
Quer seja com envolvimento profundo emocional,
quer seja em encontro casual, não importa...
Não vamos agora querer discutir a relação...
Apenas vamos nos restringir ao momento inevitável....
O momento, o clima, o interesse, a vontade, a proximidade, o perfume, o pulsar...
Não importa qual foi a alquimia...
Porém dois seres humanos estão tão profundamente envolvidos,
tão inevitávelmente atraídos, que 'conversar' apenas é pouco... as palavras desaparecem
É preciso estar "com"... é preciso estar "dentro", é preciso "ser um"....
Nesse momento esquece-se tudo.
Inclusive a coerência, a auto-preservação, o RISCO!!!!
Abaixo apenas alguns alertas....
A Decisão é sua.
Quem vê cara... não vê AIDS...
Baixem a IMPORTANTE aula:
http://www.saude.rj.gov.br/Docs/Dstaids/Abcdaids.pps
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Nietzsche – Sobre o sofrimento e a dor em três partes
http: //www .youtube.com/watch?v=pL43tM1aIyI Parte1
http: //www .youtube.com/watch?v=CLGajtQlRjE Parte2
http: //www .youtube.com/watch?v=LLttxk7W3tI Parte3
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
FRACTAIS / FRACTALS

O extraordinário dos fractais é a possibilidade de ilustrarem o infinito! Isto significa que, cada instante de nossa vida, cada mínima fração de instante, incorpora o infinito e novamente se estende nele. O que é tão difícil de ser concebido e imaginado pode ser ilustrado visualmente pelas imagens de fractais.
" A Geometria dos fractais não é apenas um capítulo da matemática, mas também uma forma de ajudar os homens a verem o mesmo velho mundo diferentemente." " Fractais são formas igualmente complexas no detalhe e na forma global" (Benoît Mandelbrot)
Os fractais são figuras geométricas que o nosso cérebro identifica e individualiza sem dificuldade, mas que na realidade constituem formas irregulares, sem contorno bem definido, sem possibilidade de medição do seu perímetro, do seu volume, da sua forma. O mais curioso é que os fractais da biologia (forma animal ou vegetal), embora perfeitamente identificados na classificação científica, não correspondem a nenhum elemento em particular e não há dois elementos iguais entre milhões de exemplares. As nuvens, as galáxias, as árvores, os sistema circulatório do corpo humano, o contorno dos continentes e das ilhas, etc.
O contorno de um fractal não é fisicamente coerente e pode ser infinitamente longo, com uma superfície infinita, e muitos casos com espessura nula. Portanto, não são linhas, não são volumes, não têm comprimento definido, nem tão pouco uma superfície! A estas estruturas, cuja classificação cai "entre" a linha e a superfície, ou entre uma superfície e um sólido (e assim por diante), os matemáticos atribuem uma dimensão não inteira, mas fraccionária (fractal).
Além do mais podemos observar nestas estruturas duas propriedades fortemente relacionadas e características dos fractais : - Auto-similaridade: em cada pequeno pedaço delas podemos observar a forma geral do todo.
Os matemáticos tentaram construir modelos que reproduzissem os fractais da natureza, mas o que conseguiram foi construir os seus próprios fractais, já que por definição não há dois fractais iguais. A costa de uma ilha é uma figura fractal do ponto de vista geométrico, pois a medida de seu contorno numa determinada escala, é muito menor do que outra que mostre cada grão de areia de cada praia, e assim sucessivamente.
A proporção áurea ou número de ouro ou número áureo ou ainda proporção dourada é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega (phi) e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618.
É um número que há muito tempo é empregado na arte.
NÚMERO DE OURO: Representado pelo número 1,618, de acordo com a teoria de Elliot, tem fascinado intelectuais de diferentes interesses, durante pelo menos 2400 anos. Não se sabe ao certo a data de sua descoberta, entretanto um dos registros mais antigos de seu estudo e utilização situa-se no século V a.C com um dos maiores matemáticos de todos os tempos, Pitágoras.
Também chamado de: razão ou proporção áurea, razão de ouro, divina proporção, proporção em extrema razão, divisão de extrema razão. É freqüente a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto, Seurat, Mondrian, Leonardo da Vinci. Este número está envolvido com a natureza do crescimento Phi, devido a seu pesquisador, Phidias (não confundir com o número Pi (π),. Como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção em conchas (o nautilus, por exemplo), nos seres humanos (na árvore respiratória), e em inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.
Justamente por estar envolvido no crescimento, este número se torna tão freqüente. E por haver essa freqüência, o número de ouro ganhou um status de "quase mágico", sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante. Parece que nós seres humanos percebemos a beleza ou sentimos a beleza de uma forma quando segue um padrão ou algo que não sabemos definir, que está embutido em nosso ser, provávelmente porque esta forma mantém relações em suas linhas que nos causam essa sensação do belo.
Porém sua importância também se destaca na matemática:(Leonardo Fibonacci 1175 d.C. publicou o "Liber Abaci" (o livro do ábaco)
Mesmo sendo de origem desconhecida, sua onipresença é um fato que surpreende. Tanto na natureza como em obras realizadas pelo homem a proporção de 1,618 pode ser facilmente encontrada, como por exemplo: no comportamento dos átomos, nas espirais das galáxias, na refração da luz, nas ondas do oceano, nos furacões, no crescimento das plantas, nas conchas dos caramujos nautilus, nas escamas dos peixes, nas populações de abelhas, nos marfins dos elefantes, nas partes do corpo humano, na arte, na literatura, na música, na arquitetura, no design, nas oscilações de preços do mercado financeiro etc.
Texto adaptado de http://almadeeducador.blogspot.com
http://www.youtube.com/watch?v=2Rmab9MqEZA
Tudo funciona melhor se houver alta similaridade... na Natureza, isso ocorre através da harmonia dos fractais.....
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
MORTE SÚBITA: Descoberto gatilho genético para a morte súbita na epilepsia
Agora, um estudo publicado na revista Science Translational Medicine demonstra que os ratos com mutações em um gene humano que codifica parte de um canal de potássio central do coração e cérebro-atividade das células mostram todas as características das pessoas que são afetadas pela morte súbita inexplicável na epilepsia.
Os ratos apresentaram arritmias cardíacas e crises parciais e generalizadas frequentes, e alguns ratos perdem a consciência e morrem. Morte súbita inexplicada na epilepsia é rara, atingindo apenas cerca de 1 em 150 pessoas com epilepsia, mas é devastadora para as famílias das vítimas, especialmente devido ao fato de os pacientes serem, geralmente adolescentes ou terem vinte anos.
".... este é o primeiro exemplo de um gene candidato para morte súbita inexplicada na epilepsia", disse o pesquisador Dr. Jeffrey Noebels, PhD, professor de neurologia da University of Medicine of Baylor, em Houston, Texas, ao Medscape Neurology. "Agora temos as provas para justificar o rastreio cardiológico de ritmos cardíacos anormais no eletrocardiograma (ECG) em indivíduos com epilepsia, e testes para essas mutações com o sequenciamento genético. Então, nós podemos tratar com medicação preventiva ou um marca-passo, para aqueles que dele necessitam".
"Ao mesmo tempo em que eu acredito que, em última instância, a causa da morte súbita inexplicável na epilepsia não será a mesma em todos os casos, essa descoberta reforça a hipótese de que alguns casos podem estar relacionados a uma única desordem que provoca convulsões e predispõe à morte súbita inexplicável.Isto apóia a necessidade de prosseguir, ativamente à procura de patologias nos canais do coração e cérebro em pessoas com epilepsia como um possível fator preditivo para morte súbita inexplicável na epilepsia, e o uso do eletrocardiograma como uma ferramenta de rastreio de, pelo menos, uma subpopulação de pessoas com epilepsia ". Dra. Elizabeth Donner, neurologista pediátrica do Hospital for Sick Children em Toronto, no Canadá, e co-fundadora da SUDEP Aware
Mutações relacionadas à síndrome do QT longo
Dr. Noebels e colaboradores estudaram ratos geneticamente modificados para carrear uma ou mais das diversas mutações ligadas à síndrome do QT longo (SQTL). SQTL é uma causa conhecida de arritmias fatais e morte súbita em jovens e pode acontecer em muitos casos de morte súbita inexplicável na epilepsia.
Duas mutações lig em um gene que codifica uma proteína que constitui uma subunidade de um canal iônico, alterando a repolarização elétrica de células; a repolarização é fundamental para a função normal de virtualmente todas as células, incluindo as responsáveis pelo marca-passo no coração.
Foi usada imunofluorescência para detectar onde a forma normal dessa subunidade desse canal iônico está localizada. Anteriormente, só havia sido encontrado no coração. Os pesquisadores descobriram que ele também está presente em todo o cérebro, inclusive em partes do hipocampo que estão envolvidas na epileptogênese.
Dr. Noebels e seus colaboradores realizaram leituras do eletroencefalograma (EEG) e eletrocardiograma (ECG) de 19 ratos que foram geneticamente modificados para serem heterozigóticos ou homozigóticos para 1 de 2 mutações associadas ao síndrome do QT longo no código genético para subunidade de canal iônico. Eles compararam estas leituras de EEG e ECG a de outros 19 ratos adultos normais.
Todos os ratos mutantes, após terem atingido a idade adulta, apresentaram picos epileptiformes no EEG e arritmias no ECG. Estas anomalias eram raras na sua ninhada normal.
Os ratos com mutações homozigóticas sofriam de um número e freqüência, estatisticamente, semelhantes de picos corticais no EEG comparados aos com mutação heterozigótica, as quais não ocorreram nos ratos normais.
Além disso, os ratos mutantes sofreram, enquanto eles estavam acordados, distúrbios do rítmo cardíaco como fibrilação atrial e flutter atrial. Estas ocorreram de forma, estatisticamente, significativa com maior frequência nos ratos com mutação do que nos animais do grupo controle normal.
Atividades cardíacas e cerebrais anormais, frequentemente, ocorreram de forma simultânea nos camundongos mutantes. Estes padrões também foram observados em pacientes que depois sofreram morte súbita na epilepsia; 33% a 44% das pessoas com epilepsia também têm arritmias.
Um rato que era homozigótico para 1 das mutações sofreu crises parciais frequentes, seguidas por depressão cardíaca grave por muitas horas, cessação da atividade eletrocerebral, respiração superficial e, finalmente, parada cardíaca e morte.
"Esse foi exatamente o padrão que foi documentado no único artigo na literatura sobre um paciente com epilepsia que estava sendo monitorizado com EEG e ECG quando morreu de forma súbita e inesperada - este paciente sofreu convulsões e arritmias simultaneamente", observou o Dr. Noebels.
A equipe está rastreando pacientes com epilepsia para determinar se eles apresentam as mesmas mutações.
domingo, 29 de novembro de 2009
C O M U N I C A D O do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron - CeBiME
C O M U N I C A D O , em 23 de novembro de 2009
CeBiME - Criado em 1999 e aberto a usuários em 2001, o Centro de Biologia Molecular Estrutural (CeBiME) coordena e desenvolve pesquisa na área de Biologia Molecular Estrutural. Em maio de 2009 passou de centro incubado no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o CeBiME passou a ser autônomo, reestruturando e expandindo sua atuação para Biociências. desenvolve vários projetos de pesquisa na área de Biologia Molecular Estrutural envolvendo a caracterização estrutural e funcional de proteínas associadas a doenças humanas como leucemias, dengue, doenças tropicais e de patógenos de plantas
C-2-Nano - Microscopia, Microfabricação e Síntese Química - Em 2008, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), deu mais um importante passo para sua consolidação. Foi inaugurado, no dia quatro de março, o Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes (C2Nano), que visa estudar as propriedades dos materiais em nível atômico e molecular. Fruto de esforços voltados à micro e nanotecnologia desde 1999, tanto na pesquisa básica quanto aplicada, o C2Nano conta com equipamentos e instrumentação de última geração que possibilitarão o desenvolvimento de materiais avançados com grande potencial econômico. Assim como as demais instalações do LNLS, o C2Nano é aberto à comunidade científica brasileira e internacional, e tem chamadas para submissão de projetos duas vezes ao ano.
O QUE É LUZ SINCROTRON

É com esta luz que cientistas estão descobrindo novas propriedades físicas, químicas e biológicas existentes em átomos e moléculas, os componentes básicos de todos os materiais.
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), instalado em Campinas, é o único deste gênero existente na América Latina e o primeiro instalado no Hemisfério Sul e desde julho de 1997, centenas de pesquisadores, do Brasil e do Exterior, utilizam a fonte brasileira de luz síncrotron para fazer pesquisas que visam desbravar novas fronteiras de conhecimento sobre os átomos e as moléculas, e também através da NANOTECNOLOGIA.
As pesquisas realizadas no LNLS são o passo inicial que pode levar ao desenvolvimento de novos materiais de alto desempenho - mais econômicos e menos nocivos ao ambiente - e a novos conhecimentos sobre materiais biológicos, como as proteínas, que irão propiciar mais adiante o surgimento de soluções para problemas de saúde.
O LNLS é única fonte de Luz Sincrotron do Hemisfério Sul, desenvolvido e contruído por equipe Brasileira. Isto coloca o Brasil no rol dos 14 países que dominam este tipo de tecnologia.
O LNLS é operado pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS) mediante um Contrato de Gestão assinado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Os recursos financeiros para manter o LNLS vêm do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Ministério da Ciência e Tecnologia.
O orçamento anual do LNLS é de 12 milhões de reais, incluso o pagamento de pessoal, recursos para a manutenção e novos desenvolvimentos tecnológicos. A equipe fixa tem 150 pessoas. Outras 50 integram a equipe como bolsistas e estagiários. Noventa por cento dos cientistas que usam o LNLS são de outras instituições.
Físicos, químicos, biólogos e engenheiros de materiais estão entre os principais usuários. Os cientistas passam alguns dias em Campinas (SP), onde fica o LNLS, e fazem as experiências necessárias em uma das estações experimentais instaladas na fonte de Luz Síncrotron. Depois, em seus locais de origem, analisam as informações obtidas.
O LNLS está instalado no Pólo II de Alta Tecnologia de Campinas onde estão a UNICAMP, a PUC-Campinas, a Fundação CPqD da área de telecomunicações e empresas de base tecnológica.
Além de propiciar a realização de pesquisas que só podiam ser feitas no Exterior, o LNLS tornou-se um impulsionador da formação de recursos humanos qualificados - na medida em que uma já extensa comunidade de cientistas ampliou as possibilidades de fazer Ciência de alto nível no País. Foi, igualmente, o propulsor da formação de mão-de-obra altamente especializada, ao desafiar jovens recém saídos de universidades e escolas técnicas a fazer um equipamento complexo sobre o qual muito pouco se sabia no Brasil quando o projeto foi lançado.
http://www.canalciencia.ibict.b
http://www.lnls.br
http://watson.fapesp.br/cepid/cepidmen.htm
sábado, 21 de novembro de 2009
Mente e cérebro – um ensaio
Até aproximadamente um século, a única evidência de que o cérebro e a mente estivessem conectados derivava de “experiências naturais”: acidentes em que lesões cerebrais desencadeavam sintomas inusitados nos pacientes. Médicos abnegados delineavam as áreas afetadas observando as vítimas vivas – e associavam seus déficits às áreas lesionadas. A pesquisa era marcada pela lentidão das descobertas, já que era necessário esperar que as pessoas morressem para que fosse possível investigar a evidência fisiológica. Como resultado, até o início do século XX, todo o conhecimento sobre a base física da mente poderia ser abrigado em um único volume.
Desde então, avanços científicos e tecnológicos alimentaram uma revolução neurocientífica. Microscópios potentes tornaram possível observar em detalhe a intrincada anatomia cerebral. A compreensão cada vez maior sobre condução elétrica permitiu o reconhecimento das dinâmicas neurológicas e, mais tarde, com o advento da eletroencefalografia (EEG), sua observação e medição. Por fim, o desenvolvimento dos aparelhos de imageamento funcional permitiu que cientistas observassem o cérebro vivo em funcionamento. Nos últimos 20 anos, a tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês), a ressonância magnética funcional (RMf) e, mais recentemente, a magnetoencefalografia (MEG) possibilitaram a produção de um mapa ainda mais detalhado das funções cerebrais.
Hoje podemos apontar o conjunto de circuitos que mantém nosso processo vital ativo, as células que produzem os neurotransmissores, as sinapses onde os sinais saltam de uma célula para outra e as fibras neurais que – entre tantas outras funções – transmitem dor ou movimentam nossos membros. Já temos informações sobre como os órgãos dos sentidos convertem raios de luz e ondas de som em sinais elétricos e podemos traçar as vias percorridas por eles até as áreas especializadas do córtex que respondem a eles. Sabemos que esses estímulos são pesados, avaliados e transformados em emoções pela amígdala – pequeno e valioso pedaço de tecido em forma de amêndoa situado na profundidade do lobo temporal.
Percebemos o hipocampo associado ao processo de retenção de memórias, bem como observamos o córtex pré-frontal fazer um julgamento moral. É possível reconhecer os padrões associados à diversão e à empatia – e mesmo a satisfação de ver a derrota de um adversário. Os resultados dos estudos de imageamento revelam o cérebro como um sistema surpreendentemente complexo e sensível, no qual cada parte influencia quase todas as outras. A cognição sofisticada, executada pelos lobos frontais, por exemplo, garante um feedback que afeta a experiência sensorial – de forma que o que vemos quando observamos um objeto é moldado pela expectativa, assim como pelo efeito da luz que atinge a retina. Por outro lado, a produção mais aprimorada e complexa do cérebro depende de seu mecanismo mais básico. Julgamentos intelectuais, por exemplo, reações corporais percebidas por nós, como emoções; e a consciência pode ser reprimida por uma lesão no modesto tronco encefálico.
Alguns estudos têm sido realizados no campo da robótica, para análise de Inteligência artificial – a máquina que pensa – ou ciborgue – expansão da mente, desde clássicos trabalhos de Andy Clark **, simulando perguntas e respostas, solução de equações complexas, e até mesmo tomadas de decisões e respostas emocionais.... com resultados que, até o presente momento, só parecem ser um tanto mais atraentes se levados ao ‘estado da arte’, como o fez Spielberg em seu filme A.I. Artificial Intelligence
FILOSOFANDO –
A primeira questão colocada pela filosofia da mente é a seguinte: serão mente e corpo a mesma coisa?
Nesse caso, será o pensamento apenas um produto do meu cérebro — que produziria pensamentos da mesma forma que o meu pâncreas produz insulina? Qual é a natureza dos fenômenos mentais?
A “alma” é representação da mente, ou de funções cerebrais? Nossas emoções e vontade se devem apenas a fenômenos biológicos com a finalidade de satisfazer funções fisiológicas básicas, ou vai além?
Desde o aparecimento dos trabalhos de Ramón y Cajal, nenhuma outra disciplina se desenvolveu tanto neste século XX quanto a neurociência. Até então muitos achavam que o sistema nervoso era um conjunto de vias neurais contínuas, subdivididas em minúsculos filamentos (nervos), cuja função seria comunicar o meio externo ao meio interno de nosso corpo, e com a finalidade de regulação e proteção, para o equilíbrio do meio interno.
Dispomos hoje de um conhecimento bastante preciso do funcionamento cerebral e das suas unidades básicas, bem como das reações químicas que nele ocorrem, através de neurotransmissores e receptores. Essas combinações tornam-no uma máquina extremamente poderosa, na medida em que são capazes de gerar configurações e arranjos variados num número astronômico.
Contudo, o grande desafio que a neurociência ainda enfrenta é a dificuldade (ou será uma impossibilidade?) de relacionar o que ocorre no cérebro com aquilo que ocorre na mente, ou seja, de encontrar algum tipo de tradução entre sinais elétricos das células cerebrais e aquilo que percebo ou sinto como sendo meus pensamentos.
Se ninguém pode observar a percepção que ocorre em mim, e se ninguém os encontra no meu cérebro, então posso formular duas perguntas: Onde estarão eles a ocorrer? E o que serão eles se — pelo menos inicialmente — não posso supor que sejam objetos como quaisquer outros que se apresentam diante de mim, como parte da natureza?
Estas duas questões estão na origem da determinação daquilo a que chamamos «subjetividade». Aquilo que percebo, existe para mim, pelo menos momentaneamente. Se ninguém mais pode observá-las, posso então dizer que estes são estados subjetivos (pensamentos, e emoções). Os estados subjetivos encontram-se na nossa mente, mas não na natureza. Eu preciso de uma mente para ter estados subjetivos.
Surge então uma pergunta preliminar: mas o que são as mentes? Se as mentes se caracterizam por ter estados subjetivos e esses não se encontram na estrutura física do meu cérebro, estaremos então a afirmar que não precisamos de cérebros para ter mentes? O problema que enfrentamos consiste em definir que tipo de relação existe entre a mente e o corpo ou entre a mente e o cérebro.
Podemos começar por considerar qual estratégia poderíamos adotar para abordar esse problema. Uma delas consiste em apostar no avanço progressivo da ciência e supor que o problema da relação mente e cérebro seja um problema empírico, ou seja, um problema científico como qualquer outro que algum dia acabará por ser desvendado.
O grande avanço da neurociência nos últimos anos e a progressiva e tentadora possibilidade de explicar a natureza do pensamento através da estrutura química do cérebro seria uma boa razão para adotar essa estratégia. Outra estratégia consiste em apostar que esse é um problema que ultrapassa os limites daquilo que a ciência pode vir a esclarecer. Qualquer uma das estratégias significa uma aposta que, de uma forma ou de outra, envolve uma tomada de decisão em favor de algum tipo de imagem do mundo.
Um exame preliminar de como a relação entre mente e cérebro poderia ser concebida parece forçar-nos a optar por dois tipos de alternativas básicas: ou os estados mentais (e estados subjetivos) são apenas uma variação ou um tipo especial de estados físicos (monismo); ou os estados mentais e subjetivos definem um domínio completamente diferente — e talvez à parte — dos fenômenos físicos (dualismo). A primeira sugere que existem apenas cérebros e que os estados subjetivos podem ser apenas uma ilusão a ser desfeita pela ciência. A segunda aposta na existência de algo a que chamamos "mentes" que, para alguns, só poderia ser explicado pela religião ou pela adoção de uma visão mística do mundo.
Nesse sentido o problema mente-cérebro é também visto como um problema ontológico: é preciso saber se o mundo é composto apenas de um tipo de substância, ou seja, a substância física, e se a mente é apenas uma variação desta última, ou se, na verdade, nos defrontamos com dois tipos de substâncias totalmente distintas, com propriedades irredutíveis entre si. Por outras palavras: há duas substâncias ou uma só? Há uma realidade ou pelo menos duas? Se há duas realidades, um mundo da matéria e outro imaterial, de que lado devemos situar as mentes? E para expor em palavras.. seria necessário um TRATADO.... e não apenas este simples ensaio.
Texto adaptado
sábado, 14 de novembro de 2009
Currículo em Plataforma Lattes - Porque é tão importante:
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
DISAUTONOMIAS
O Sistema Nervoso Vegetativo ou autonômico (SNA) participa da modulação funcional de vários sistemas do organismo. O conjunto de manifestações clínicas que acompanham as suas disfunções, que recebem o nome de DISAUTONOMIAS, com uma gama muito ampla de sinais e sintomas.
- Perda da resposta reflexa de ajuste da FC
- Vasculopatias: Perda de ajuste de tônus vascular (causando dificuldade de cicatrização, lesão da retina/cegueira...)
- Hipotensão ortostática
- Taquicardia de repouso
- Hipertensão supina
- Angina pectoris
- Infarto do miocárdio sem dor
- Parada cardiorrespiratória
- Alterações na motilidade do tubo gastro-intestinal (esofagite de refluxo, plenitude gástrica, diarréia noturna alternada com constipação)
- Anormalidades da sudorese (anidrose de membros inferiores com hiper-hidrose compensatória em tronco superior e face)
- Bexiga neurogênica,
- Impotência sexual
- Alterações da regulação do diâmetro pupilar.
Na neuropatia autonômica, existe redução da secreção das catecolaminas, desregulação do nível de glicose sangüínea, com episódios de hipoglicemia súbita
A morte súbita no curso de determinadas doenças como diabetes mellitus, síndrome de imunodeficiência adquirida, doença de Chagas e o infarto do miocárdio, tem sido freqüentemente associada a disfunção autonômica. Chama atenção para a grande incidência de parada respiratória neste grupo de pacientes.
- Vasculopatias das grandes artérias: A tendência a aterosclerose é bem conhecida nos diabéticos, que apresentam manifestações em torno de
- Vasculopatias das arteríolas e pré-capilares: Ultimamente, tem-se observado um grupo de diabéticos com manifestações de cardiopatia isquêmica e que ao exame coronariográfico apresenta coronária limpas, porém com comprometimentos dos pequenos vasos coronários intramurais. Tendo os diabéticos elevado risco de coronariopatia, devemos dar ênfase especial a detecção de isquemia miocárdica latente, com controle dos outros fatores de risco como hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, estresse e uso de medicamentos aterogênicos (terapia de reposição hormonal e corticosteróides).
- Lesão do nervo vago – A lesão do nervo vago pelo diabetes ocasiona um descontrole da freqüência cardíaca, com aumento na condição de repouso e resposta inadequada aos estímulos, a chamada freqüência cardíaca fixa.
Os testes comumente empregados são:
a) Teste de Arritmia Sinusal Respiratória : Avaliação da Freqüência cardíaca momento-a-momento e a média da diferença entre as freqüências cardíacas máxima e mínima obtidas durante a inspiração e a expiração, com o paciente respirando na freqüência de 6 ciclos/minuto (0.1 Hz) o paciente respirando na freqüência de 6 ciclos por minuto (01. Hz) - considerando-se anormal quando a diferença <>
b) Manobra de Valsalva – Paciente em posição supina é instruído a soprar através de bocal conectado a manômetro aneróide durante 15 seg. após a inspiração profunda mantendo pressão de 40 mmHg, sendo obtida a taxa de Valsalva que e a relação entre o maior intervalo RR (após a manobra) e o menor intervalo RR (durante a manobra), sendo considerado anormal quando a diferença <>
c) Teste de exercício isométrico (”handgrip”) – manter 30% da contração máxima desenvolvida (avaliado por dinamômetro), durante 5 minutos, sendo considerado normal aumento reflexo da FC e da pressão diastólica de > 16 mmHg durante o esforço, acompanhado de bradicardia reflexa (após cessar o esforço); e resposta anormal quando a elevação da pressão diastólica não for sequer de 10 mmHg e não se observar alterações na freqüência cardíaca.
d) Teste ortostático ou posicional (Tilt head-up, Teste Postural Passivo) ; Pode-se usar protocolo de
Provas Farmacológicas só são realizadas na presença de profissional Médico especializado:
a) Teste de propranolol (bloqueio simpático) – aplica-se de 0.2 mg/kg por via venosa até o máximo de 10 mg, estando o paciente em posição supina e monitorizado pelo ECG, obtendo-se traçados de 10 seg. no 1′, 5′ e 10′ minuto após a aplicação. Considera-se como resposta normal queda mínima de 12 bpm de freqüência cardíaca inicial.
b) Teste da atropina (bloqueio parassimpático)– realiza-se após pelo menos 1 dia do teste do propranolol, aplicando-se 0.04 mg/kg de sulfato de atropina por via venosa, em paciente em posição supina e monitorização do ECG, obtêm-se traçados de 10 s no 1′, 5′ e 10′ minutos após a injeção. Considera-se normal um aumento de 25% da freqüência cardíaca inicial.
Rosa-e-Silva, Lucilene ; OLIVEIRA, Ricardo Brant de ; SOUZA-E-SILVA, C. ; TRONCON, Luiz Ernesto de Almeida ; FOSS, M. C. ; GALLO JR, L. . Avaliação da função autonômica cardiovascular em pacientes com pancreatite crônica.. 1993. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
Rosa-e-Silva, Lucilene ; OLIVEIRA, Ricardo Brant de ; TRONCON, Luiz Ernesto de Almeida ; FOSS, M. C. ; SOUZA-E-SILVA, C. ; GALLO JR, L. . Neuropatia autonômica na pancreatite crônica relacionada ao alcoolismo com ou sem diabetes mellitus.. 2000. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
terça-feira, 10 de novembro de 2009
O MITO DE SÍSIFO - ALBERT CAMUS
Uma metáfora dolorosa para muitos trabalhos modernos: fúteis, sem esperança e repetitivos. Albert Camus tenta extrair da lenda homérica as circunstâncias exatas que levaram a este extremo castigo. A lenda declara que Sísifo se rebelou contra os deuses, que ele não os levou a sério e tentou roubar os seus segredos. Outra lenda traz que Sísifo conseguiu prender a Morte (Tânato) em correntes, e que foi punido por isto por Plutão.
Para A.Camus, a negativa de Sísifo da morte e dos deuses faz dele o mais absurdo dos heróis, e seu castigo igualmente a maior metáfora para o homem existencial. Para Camus, o momento chave no castigo de Sísifo está naquele instante em que a pedra rola monte abaixo e Sísifo sabe que ele deve ir atrás dela e tentar, em vão como sempre, empurrá-la para o alto do monte e além... este é o momento da consciência adquirida.
Cada um de nós deve, em algum momento, vislumbrar o conhecimento e chegar à conclusão de que não importa quão duro a gente trabalhe, estamos fadados a falhar no sentido de que mais cedo ou mais tarde morreremos. Sísifo, como o homem, é rebelde mas incapaz (não possui poderes divinos), e é naqueles momentos de consciência que ele consegue transcendência sobre os deuses.
No final das contas, Camus vê em Sísifo não a imagem de um trabalho duro contínuo, cansativo e incessante, mas a de um homem alegre que reconhece que seu destino lhe pertence. Ele e somente ele pode determinar a essência da existência. Camus termina seu ensaio com Sísifo no pé do monte, preparado para suportar exercício tortuoso e inútil de rolar a pedra monte acima uma vez mais, mas Camus não vê Sísifo como atormentado, castigado; pelo contrário, ele vê Sísifo feliz.
A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece também que o sentimento do absurdo nasça da felicidade.
Sísifo é superior ao seu destino. É mais forte do que o seu rochedo. Se este mito é trágico, é porque o seu herói é consciente.
“Deixo Sísifo no sopé da montanha! Encontramos sempre o nosso fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também julga que tudo está bem. Esse universo enfim, sem dono, não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz."
In: CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo, ensaio sobre o absurdo. Lisboa, Livros do Brasil
Sisyphus